Antes de Jesus morrer, ir ao Inferno e destituir Satanás do poder que ele havia tomado de Adão (Ef 4.8-10; Cl 2.15), quando este desobedeceu a Deus ao comer do fruto proibido, o Senhor já tinha um plano para nos redimir. Veja que, no versículo 10 desse Salmo, Deus pergunta quem O levaria à cidade forte, onde estava o diabo e as almas cativas (1 Pe 3.19), e O guiaria até Edom, inimigo do Seu povo, que se achava seguro vivendo em uma fortaleza (Ob 1.3,4). O Senhor mostrou que ali seria realizada a redenção do homem por intermédio do Seu Filho. Deus tem presciência. Aleluia!

Setecentos anos antes de Cristo nascer, Isaías profetizou contra Edom (Is 34.5-8), povo descendente de Esaú, comparando esse local com o Inferno, para onde Cristo desceria. Nada está oculto aos olhos de Deus, por isso os que se deixam ser ensinados por Ele terão a direção certa na vida. É preciso impedir que a carne, a vaidade pessoal, deem as “cartas”, mas, sim, permitir a ação do Espírito Santo. Ser guiado por Ele o tornará vencedor!

Satanás guardava em segurança tudo o que lhe pertencia, pois ainda mantinha o desejo de se tornar igual a Deus (Is 14.13,14), porém Jesus o despojou. Na época da crucificação do Salvador, Jerusalém estava muito agitada. O Filho de Deus foi levado diante dos líderes religiosos de Israel e apresentado às autoridades do Império Romano como um enganador e charlatão. Mas Jesus sabia o que Lhe aconteceria, pois tudo estava escrito. O Filho de Deus suportou tudo em silêncio por amor a nós!

Quando Jesus recebeu sobre Si os nossos pecados, as nossas transgressões, culpas, enfermidades e dores, bem como o castigo que nos traz a paz, o Pai O abandonou: E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mt 27.46b). Naquele momento, Cristo provou a morte espiritual, a separação de Deus, e, logo depois, morreu fisicamente!

Vendo que não havia mais nada a ser feito em Jerusalém, Jesus declarou: E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito (Jo 19.30). Um centurião romano, vendo como o Mestre morrera, reconheceu: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus (Mt 27.54b). Então, Cristo foi simbolicamente a Bozra, capital do reino de Edom, para cumprir a sua última missão: despojar o inimigo. Creia!

Assim se cumpriram as seguintes palavras de Isaías: Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar (Is 63.1). Jesus foi ao Inferno, despojou o diabo da autoridade com a qual nos oprimia. Depois, o Salvador foi vivificado pelo Espírito de Deus e ressuscitou. Glória!

A cidade forte foi tomada, e o cativeiro que nos mantinha sob as rédeas do diabo caiu por terra. Ao ressuscitar, Jesus, subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens (Ef 4.8b). Estamos livres para viver pelos séculos dos séculos no Reino do amor de Deus (Cl 1.13). Porém, precisamos assumir o que é nosso em Cristo!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares