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O primeiro túnel submerso do Brasil, que ligará Santos ao Guarujá, já tem empresa definida para executar o projeto. Com leilão realizado no último dia 05 de setembro, em São Paulo, a empresa portuguesa Mota-Engil foi a vencedora, e o investimento estimado é de R$ 6,8 bilhões. A realização será em parceria entre os governos federal e o paulista e com projeção de 1,5 km de extensão total, sendo 870 metros de trechos imersos, o primeiro túnel desse tipo na América Latina.
Entre os políticos que acompanharam e defenderam a travessia, o deputado federal David Soares (União-SP) enfatizou que a escolha por um túnel, em vez de uma ponte, amadureceu a partir de tratativas interinstitucionais. “Nós, enquanto Câmara Federal, tivemos diversos diálogos com o Poder Executivo e o Governo do Estado. Fui o primeiro a argumentar, no sentido de não viabilizar a ponte, e sim, a retomada dos estudos sobre o túnel,”, afirma Soares. Segundo ele, houve “diálogo direto com o governo federal para o BNDES entrar, ajudando no financiamento e também na viabilização orçamentária”.
O deputado federal acompanhou a sessão na B3, a Bolsa de Valores brasileira em São Paulo: “Estive, a convite do governo do estado, na cerimônia do leilão”. Em tom didático, ele destacou o impacto para a região: “Você que não é de São Paulo talvez não entenda a magnitude desta obra. Para ir de Santos ao Guarujá, você dá uma volta de quase 40 km ou pega a balsa, que não atende à demanda de uma metrópole como Santos”. “Essa obra vai levar em torno de cinco anos, vai começar em 2026. Quando o túnel estiver pronto, em 2 min será possível fazer a travessia”, ressalta Soares sobre o cronograma.
A ideia de uma ligação, sem ser por via aquática, entre as duas margens é centenária: há registros de menções ao túnel desde 1924, e o tema ganhou visibilidade ainda nos anos 1920, quando o porto já se consolidava como motor econômico do país.
Durante a cerimônia, o governador Tarcísio de Freitas agradeceu nominalmente três deputados federais, entre eles David Soares, pela contribuição no processo. “Obrigado pela crença, pela fé, pelo trabalho e pelo empenho para que este túnel saísse do papel”, salientou Freitas. Em seus discursos, autoridades ressaltaram o caráter colaborativo da obra e o potencial de transformar a mobilidade da Baixada Santista.
Com a assinatura do contrato, a expectativa oficial é que as obras tenham início após as etapas de projeto executivo e licenciamentos.