Pai-nosso nas escolas
19/06/2025
Por Carlos Fernandes, do Ongrace
COMPARTILHE
A violência do conflito no Oriente Médio, entre o Estado de Israel e o grupo terrorista islâmico Hamas, tem intensificado o antissemitismo em todo o mundo. Somente no Brasil, o número de registros de intolerância contra judeus aumentou em torno de 350% nos últimos dois anos – mais ainda a partir do ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, e a posterior resposta militar israelense.
Segundo dados da Confederação Israelita do Brasil (CONIB) e da Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP), a maioria das ocorrências (70%) é praticada por meio das redes sociais, na forma de discursos de ódio e manifestações de racismo e preconceito contra o povo judeu. No entanto, foram registrados também casos de agressões verbais e até físicas a pessoas e líderes judeus, sobretudo no estado de São Paulo, que concentra a maior comunidade judaica no país.
O presidente da CONIB, Claudio Lottenberg, protestou: O antissemitismo deixou de ser um fenômeno isolado. Está nas redes, nas ruas e, muitas vezes, é ignorado. Não é mais possível fechar os olhos; é hora de reagir. De acordo com o relatório das duas entidades judaicas, o ambiente digital virou o grande palco desse movimento criminoso no Brasil e no mundo.
Pichações em sinagogas e atos de vandalismo contra espaços ligados à fé e à cultura judaica também têm se expandido. Em julho do ano passado, o muro da sinagoga Beit Jacob, em Santos (SP), apareceu com as palavras morte aos sionistas escritas em tinta vermelha. No Rio de Janeiro, o Memorial do Holocausto, que lembra os judeus massacrados pelo nazismo, também foi danificado.
