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16/10/2025
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Drama dos reféns israelenses chega ao fim

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Cessar-fogo entre Israel e Hamas tem libertação de reféns civis e militares, e famílias celebram – StockAdobe by MMerellinn

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Após 738 dias de medo, angústia e um conflito que deixou um rastro de morte e destruição no Oriente Médio, chegou ao fim o drama dos reféns israelenses capturados pelo grupo terrorista Hamas há dois anos. Nesta segunda-feira, os 20 sobreviventes foram libertados e entregues, pela Cruz Vermelha, em dois grupos. Recebidos por militares israelenses, as vítimas passaram por atendimento médico inicial antes do reencontro com suas famílias — em meio a um país em festa.

Os reféns resgatados, em sua maioria, são jovens que participavam de um festival de música no dia 7 de outubro de 2023, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza, território palestino controlado pelo Hamas na região litorânea entre Israel e o Egito. À época, imagens transmitidas pelas redes de TV mostraram terroristas invadindo Israel em carros, veículos de guerra e até parapentes, além de vítimas amarradas e vendadas. Diversos kibutzim foram atacados — mais de mil civis foram executados, inclusive mulheres e crianças, e, aproximadamente, 350 policiais e militares.

Entre os agora libertados, também há militares aprisionados em combates subsequentes, além da devolução dos restos mortais de outras 28 pessoas, mortas durante o ataque ou no cativeiro. O atentado, considerado o maior praticado contra uma comunidade judaica desde o Holocausto, chocou o mundo e levou Israel a uma ofensiva que destruiu ou danificou 70% das estruturas do enclave palestino, provocando milhares de mortes de civis e de membros do Hamas e o deslocamento de mais de 1,5 milhão de habitantes das principais cidades de Gaza — cenário que desencadeou uma grande crise humanitária.

O desfecho do caso, que ameaçou escalar para um enfrentamento armado envolvendo o Irã — patrocinador do Hamas —, e os Estados Unidos, principal aliado de Israel, foi resultado de intensas negociações. O acordo foi firmado entre o presidente americano, Donald Trump, autoridades do gabinete do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu e representantes do Hamas, com mediação dos governos do Egito e do Catar. Pelo documento, Israel também se comprometeu a libertar em torno de dois mil prisioneiros palestinos, entre eles militantes condenados à prisão perpétua por ações terroristas contra o Estado judeu. Com o fim do conflito, começa o enorme desafio da reconstrução das áreas devastadas e da definição acerca do futuro de Gaza. Há pressão internacional pela criação de um Estado Palestino vizinho a Israel, conforme previsto no Plano de Partilha que estabeleceu o Estado de Israel nos anos 1940. Trump celebrou o acordo como o encerramento de uma guerra: “É o fim de uma era do terror”, discursou, no Parlamento de Israel, no mesmo dia da libertação dos reféns. O Hamas, enfraquecido pela morte de seus líderes e por uma série de ações das Forças de Defesa de Israel, já concordou em deixar o poder em Gaza. As expectativas são grandes neste pós-guerra no Oriente Médio.

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