
Sono saudável não depende da quantidade de horas
15/09/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Pela terceira vez seguida este ano, o mercado tem baixa de preço dos alimentos inesperada entre os meses de agosto e setembro, algo que não acontecia desde 2023 – movimento considerado “atípico” pelos economistas. O recuo, da ordem de 0,91%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi motivado, entre outros fatores, pela reação da moeda brasileira, o real, frente ao dólar e pela baixa no preço das commodities agrícolas no período. A recuperação das safras dos meses de junho a agosto, com produção maior que o mesmo período em anos anteriores, também colaborou para o quadro favorável.
Além das prateleiras dos supermercados, o consumidor já sente um alívio no bolso em relação aos custos na habitação e energia elétrica, que apontam para mais baixa nos próximos meses. No caso da moradia, a redução foi da ordem de 0,90%, e a da conta de luz chegou a 4,21% por conta do chamado Bônus de Itaipu, um crédito sobre resultados positivos da usina binacional. Todos esses índices colaboraram para que o mês de agosto registrasse uma deflação de 0,11% – valor mais expressivo, desde setembro de 2022.
No caso dos alimentos, a ausência de fatores climáticos extremos ao longo deste ano facilitou maior oferta de gêneros, o que naturalmente baixa os preços. Daí, a tendência de redução nos preços de itens, como frutas, legumes, hortaliças e verduras. Em agosto, por exemplo, o tomate registrou queda de 13,39%; a cebola, de 8,59%; e a batata-inglesa caiu, na média, 8,59%.
Como lembra o analista do IBGE Fernando Gonçalves, os preços praticados levam em conta uma série de elementos. Em entrevista à Agência Brasil, ele não descarta, por exemplo, que a entrada em vigor, no dia 6 de agosto, do chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil tenha influenciado diretamente, já que, com maior oferta no mercado interno, os valores tendem a baixar. A expectativa do mercado é que a deflação também se verifique em setembro, completando quatro meses de queda consecutiva nos preços dos alimentos.