Os judeus foram ensinados a guardar toda a Lei de Moisés, para agradar a Deus e viver melhor. Se guardassem toda a Lei, mas tropeçassem em um só mandamento, estariam excluídos das promessas reservadas aos fiéis (Tg 2.10). Séculos depois, vemos cristãos achando ser necessário guardar a Lei mosaica, embora Cristo a tenha cumprido, sofrendo em nosso lugar na cruz e fazendo-nos libertos.

Hoje, não precisamos guardar nenhum rito do Antigo Testamento, com a exceção dos princípios que os apóstolos resolveram manter diante da pressão dos judeus sobre os gentios que se convertiam a Cristo: Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias (At 15.28). Vejamos a lista.

Naquela época, havia judeus que iam até os novos convertidos que Paulo e sua equipe conduziam a Cristo pela Ásia menor (atual Turquia) e outras regiões adjacentes, dizendo que os cristãos gentios também deveriam guardar a Lei de Moisés. Paulo e o grupo que o seguia foram a Jerusalém, para que os apóstolos resolvessem esse assunto que os inquietava. Lá, fizeram uma reunião na qual foram ouvidos o apóstolo Paulo e aqueles que lhe eram contrários (At 15.1-6).

Após a resolução, uma carta foi redigida e endereçada a Paulo e Barnabé, na qual diziam que tanto eles quanto o Espírito Santo decidiram não impor aos cristãos gentios outros encargos, senão os necessários: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá (At 15.29). Eles assinalaram apenas quatro coisas que deveriam ser observadas do Antigo Testamento.

Vale lembrar que Jesus não acabou com a Lei de Moisés, mas a cumpriu. Por isso, não temos de nos preocupar em cumprir nenhum rito dela, e sim colocar o nosso foco para o que a Bíblia chama de lei perfeita da liberdade, sob a nova Aliança, feita com o sangue do Salvador, selando para sempre a nossa comunhão com o Pai. Afinal, se estamos em Cristo, somos novas criaturas, e o que era velho já passou (2 Co 5.17).

Veja o que Tiago escreveu: Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito (Tg 1.25). As revelações escritas pelo irmão do Senhor são claras em relação a tudo o que devemos ou não fazer. Não perca tempo com a Lei de Moisés. Atente para o Evangelho!

Mesmo que fôssemos judeus, após termos aceitado Jesus como Salvador e Senhor, só deveríamos observar a lei da liberdade em Cristo, o qual nos livrou da lei do pecado e da morte (Rm 8.2). No tribunal de Cristo, aqueles que nasceram de novo responderam pelo que fizeram, seja bem, seja mal, por meio do corpo, para receber o seu galardão ou sofrer punições (2 Co 5.10). Viva em Cristo, e será livre!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares