Ao escrever a carta aos Colossenses, o apóstolo Paulo foi usado pelo Senhor para abordar temas importantes, que, provavelmente, são desconsiderados por muitos cristãos. Ora, Jesus nos ensinou a observar a Palavra, a fim de andarmos na Sua presença e sermos perfeitos. Andar diante do Senhor é levar o temor a Ele a todos os lugares. Dessa forma, sempre agiremos conforme a Sua vontade!

As virtudes do Senhor nos são fornecidas para nos revestirmos delas, assim como as roupas que usamos. No inverno, por exemplo, se não estivermos vestidos de modo apropriado, podemos adoecer ou, dependendo da temperatura, ter partes do corpo congeladas, sofrendo o risco de amputação. De igual modo, sem nos revestirmos dos atributos de Deus diariamente, pecaremos!

Devemos ser profundamente compassivos, mas, às vezes, olhamos de maneira parcial para aqueles que precisam de defensores, de alguém que interceda para mover o coração e as mãos do Altíssimo. Não basta termos um sentimento de compaixão ou enviarmos condolências aos familiares, se um deles morreu no pecado. Isso é grave! O cristão que realmente for revestido de profundas misericórdias mudará qualquer vida!

A benignidade tem de ser comum na vida dos misericordiosos; do contrário, eles imitarão os perdidos, que só lamentam. Ser benigno com alguém é interceder e crer que tal pessoa há de mudar, ainda que ela esteja explodindo de raiva para com seu ajudador. O benigno tem bom caráter e não se esconde nem se nega a interceder por quem está no pecado. Ele é generoso, bondoso e benevolente!

Gosto de traduzir a benignidade como esperança bondosa, ou bondade esperançosa. A pior pessoa é aquela que só clama pelos bons, mas se esquece de quem se afasta do Senhor. Essa postura se assemelha à de um médico que apenas quer ler o resultado dos exames, mas não pesquisa sobre o melhor tratamento para aqueles com os piores diagnósticos. Médico é treinado para salvar vidas, e não somente para receber o pagamento por uma consulta. Medite e aja!

O cristão precisa ter humildade em todo o tempo, principalmente para se desviar das “homenagens” que lhe fazem e creditar a Deus a autoria do bem praticado. A Palavra diz: Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura (Is 42.8). Ai de quem não reconhece que tudo de bom vem de Deus, o Pai das luzes (Tg 1.17). Tremendo Ele é!

Ainda temos mais duas vestes para usar neste mundo tão quente, que faz as pessoas não respeitarem a vida alheia, e tão frio ao mesmo tempo, que faz o servo mau congelar não ajudando o próximo. A mansidão é necessária continuamente, bem como a longanimidade – capacidade de encarar com coragem os problemas dos outros!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares