O inimigo usou um ardil quando Moisés mostrou ao povo a terra prometida por Deus. Os israelitas deveriam ter saltado de prazer, gritado e sorrido uns para os outros, abraçando Moisés, enquanto confessavam que os acontecimentos passados eram incomparáveis à vitória iminente. No entanto, ocorreu o oposto: eles pediram ao líder que consultasse o Senhor, pois queriam saber se poderiam enviar espias para verificar a região (Dt 1.22,23).

Por que duvidar dAquele que veio nos salvar e Se identificou da seguinte maneira: Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14.6)? Por que enviar espias, se Deus, sendo a Verdade, jamais declararia alguma mentira? Contudo, às vezes, também agimos com incredulidade e, sem perceber, ofendemos o Senhor. Portanto, não podemos acusá-los.

Moisés já previa que o povo, tropeçando nas palavras, afrontaria o Altíssimo. Deus estava feliz por causa do término daquela caminhada. Agora, na nova terra, Seus servos viveriam a felicidade e a paz, desfrutando do amor que o mundo nunca conheceu. Quando o Senhor disse: “O ponto é aqui”, eles deveriam ter subido a montanha e feito um culto em ações de graça, pois, em breve, seriam uma nação consolidada.

As pessoas devem fazer somente a parte que lhes cabe: tomar posse do que lhes foi dado. Moisés afirmou que o Senhor tinha concedido aos israelitas a terra que estava diante dos seus olhos. Porém, como os filhos de Israel deveriam agir com a população daquela localidade? Ora, para obterem boas colheitas, aqueles moradores lançavam suas criancinhas na fogueira, em sacrifício aos ídolos (Dt 18.9-14). Portanto, tinham de perder o próprio lar.

Moisés continuou incentivando o povo a subir o monte e possuir o local, confiando no Deus de Abraão, Isaque e Jacó, seus pais. O Senhor havia feito uma aliança com aqueles patriarcas, na qual prometia dar aquela região aos descendentes deles. Enquanto o diabo manteve Israel como súdito de Faraó, o maligno fez outros povos habitarem a terra prometida. Porém, estes não só residiam em território alheio, como também sacrificavam os próprios filhos aos demônios.

Aqueles povos achavam que o diabo supria as necessidades deles e não reconheciam o Senhor como o único Deus. Por causa disso, mais cedo ou mais tarde, seriam desapossados. O Altíssimo honraria a Sua Palavra, e eles voltariam para a antiga casa. Quando Jesus voltar, quem não tiver se arrependido retornará para o reino do maligno!

Os israelitas não precisavam ter medo de nada — nem do diabo, nem dos povos que habitavam a terra. Isso porque, em decorrência das ações daqueles moradores perversos, as estruturas espirituais e morais do território já estavam enfraquecidas. Além disso, a terra pertencia legalmente aos herdeiros das promessas feitas aos patriarcas dos hebreus. Além do destemor, o povo de Deus também não podia se deixar intimidar pelo tamanho ou pela força dos habitantes da região. A terra era dos filhos de Israel!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares