A escolha dos auxiliares deve ser precedida pelas orações do líder. Essa necessidade de ajudadores precisa ser posta aos pés do Senhor, para que ninguém seja privilegiado por ter simpatia, beleza ou outra característica física. Só a orientação de Deus pode guiar essa escolha. Nem sempre estamos em plena comunhão com o Pai para, apenas com um olhar, sentirmos quem Ele separou.

Um exemplo de que a cautela é indispensável na tomada de decisão está no episódio em que Samuel teve de ungir o novo rei de Israel. O profeta recebeu a ordem divina de ir à casa de Jessé executar essa missão. Quando os filhos dele chegaram, o sacerdote viu Eliabe, o primogênito, e disse: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido (1 Sm 16.6). No entanto, Deus repreendeu Samuel no mesmo instante, dizendo que Ele não vê como o homem. Provavelmente, havia algo em Eliabe que o desqualificava para o trono.

Todo salvo tem de se preocupar em como agir diante das oportunidades. Caso peque e não se arrependa, poderá perder as bênçãos que alcançaria: Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração (1 Sm 16.7).

O primeiro requisito para ser auxiliar de Moisés era ter sabedoria, porque, para liderar, é necessário saber gerenciar conflitos. Sem essa graça, como o auxiliar fará quando alguém lhe pedir que solucione um embate? Deus nos concede a seguinte orientação: Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio (Pv 23.15). Faça o coração do Altíssimo se alegrar com você o tempo todo!

Além de sábios, nossos assistentes têm de ser inteligentes para descobrir meios de ajudarmos a quem realmente necessita. A missão do pastor é cuidar do rebanho, mas, se quem nos representa não consegue criar situações para o povo melhorar de vida, nada fizemos em favor das ovelhas. Os lobos são maus, e as ovelhas, simples: Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas (Mt 10.16).

Por fim, os colaboradores devem ser experimentados no trabalho, como a Palavra fala a respeito do Salvador: Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum (Is 53.3). O Pai fez o Filho enfrentar momentos críticos para dar o exemplo do que podemos realizar com os nossos futuros auxiliares.

Os chefes das tribos tinham de escolher os melhores para essa função tão nobre e importante na Igreja. Então, eles os apresentariam a Moisés, que os aceitaria ou não. Enquanto a equipe de obreiros for composta por pessoas imaturas na fé, a Igreja não ocupará seu lugar na sociedade. É imprescindível saber escolher para crescer!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares