
Maranhão recebe a glória de Deus e testemunha momentos de cura
29/10/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

COMPARTILHE
Quem é empresário sabe que são muitos os desafios do mundo corporativo: compromissos, demandas, riscos e surpresas. Por isso, empreendedores cristãos dedicam parte de seu tempo e utilizam suas vivências profissionais para anunciar o Evangelho e colaborar com a obra de Deus na vida de clientes, funcionários e colegas de trabalho. E não são poucas as pessoas que se enquadram no perfil de empresário autônomo. Segundo o Ministério da Economia, os micros, pequenos e médios profissionais liberais já representam mais de 90% dos negócios no Brasil.
Cerca 16 milhões de brasileiros tiram seu sustento de empreendimentos pessoais, e, de acordo com o Atlas dos Pequenos Negócios, aproximadamente 97 milhões dependem direta ou indiretamente dessas atividades. O empresário Rodrigo Narduche, 46 anos, da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em São Paulo, é um exemplo disso. “Tenho uma franquia de bolos. Tudo começou quando eu e minha esposa sentimos o desejo de empreender. Oramos muito a respeito, e Deus deu a direção de como começar e qual o ramo seguir”, lembra-se. Sua atuação é a venda de doces, mas ele não deixa de exercer o evangelismo por meio da profissão. “Não há satisfação maior do que ver o nosso negócio crescer gradativamente, fruto da nossa fidelidade a Deus”, diz, com satisfação.

No entanto, a colheita nem sempre é de bons frutos quando se é responsável pelo próprio negócio. “Os desafios são constantes, principalmente pelo cenário econômico e pelas incertezas políticas, mas sempre optamos por olhar apenas para frente e sermos positivos, com propósito, fé e oração.” Narduche não abre mão da dimensão espiritual e missionária de sua fábrica de bolos. “Por meio do nosso negócio, conseguimos falar de Jesus Cristo aos nossos colaboradores e orar por eles.” Também de São Paulo — o maior centro comercial e empresarial do país —, Luiz Carlos Monteiro Alves usa suas mãos para aumentar a autoestima das pessoas. Cabeleireiro há 31 anos, ele administra o salão Luiz Alves Hair Trend há 14 e atribui o sucesso de sua carreira ao Senhor. “Ela começa lá atrás, com um convite das minhas irmãs, que já eram profissionais do setor. A fé cristã me ajudou muito nessa transição de funcionário a patrão”, relata.

Cristão atuante — é pastor auxiliar na IIGD e realiza cultos voltados para empresários, às segundas-feiras, no templo-sede da capital paulista —, ele faz de seu ambiente de trabalho uma extensão de seu ministério espiritual. “Uso do meu próprio testemunho para alcançar as pessoas, tanto da minha equipe quanto às que participam das reuniões da Igreja”, comenta. A profissão foi a ponte para Luiz conhecer a esposa, e, hoje, ele tem uma família constituída no Altíssimo. “Minhas maiores realizações são aquelas que o dinheiro não compra”, diz, com gratidão. No seu dia a dia, o cabeleireiro procura dar um exemplo de vida cristã não apenas aos colaboradores, mas também aos clientes que usam seus serviços. Tudo com muito respeito à diversidade e à privacidade de cada um. “Sempre vigio nesse sentido, mas nunca perco uma oportunidade de falar sobre a Palavra de Deus, aconselhar e orar, sempre que isso é oportuno.”
Influência positiva
O Pr. Gabriel Gustavo Leme, que dirige o Culto do Empreendedor, realizado todas as segundas-feiras no templo-sede da IIGD em São Paulo, lembra o texto de Êxodo 35.31(E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento e ciência em todo artifício) para destacar a dependência do Senhor em todas as áreas. “Comecei esse tipo de reunião em junho deste ano, depois de pedir uma direção do Alto. Um Empreendedor pode proclamar que Deus ama a prosperidade dos Seus servos (Sl 35.27) e mostrar que a vontade dEle é que possamos ir bem em todas as coisas, conforme 3 João 1,2. Em suas conversas e ministrações aos empreendedores, o líder percebe que uma das grandes preocupações é com a falta de mão de obra, ou seja, pessoas que realmente querem trabalhar com responsabilidade. “No entanto, com sabedoria na Palavra, vamos aprendendo a encontrar os colaboradores certos e responsáveis”, afirma.

As empresas podem ser também agências do Reino dos Céus. Por isso, a decisão de influenciar positivamente as pessoas com quem convive no ambiente de trabalho a partir dos princípios bíblicos é a atitude do empresário Marcio Andre Coutinho da Silva, do Rio de Janeiro. “Em relação ao Evangelho, minha postura e influência com os funcionários e, principalmente, nas conversas com meus clientes, precisa sempre de muita cautela. Afinal, somos observados o tempo todo”, diz ele, que é sócio do laboratório de prótese dentária tido como referência em sua área dentro e fora do Brasil. O empresário atribui seu sucesso a muito trabalho e à tomada de decisões corretas. Porém, não deixa de mencionar algo essencial: “Sem minha fé, olho para trás e vejo que seria impossível.”

Durante sua trajetória, Marcio tem mantido seu coração aberto e o bolso também. “Para mim, não existe fé sem ajuda ao próximo. Há anos, ajudo duas instituições cristãs, oferecendo próteses dentárias sem custo algum para os pacientes.” Por isso, de acordo com o empreendedor, o bom testemunho por práticas corretas é essencial. “Manter a integridade nos impostos, nos tributos, nos encargos trabalhistas e na manutenção da empresa é um desafio, principalmente como cristão”, finaliza.





