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O anúncio da continuação de A paixão de Cristo sem a presença do ator Jim Caviezel no papel principal movimentou o mundo do entretenimento e acendeu debates nas redes sociais em meados de outubro. A novidade envolve as gravações de A ressurreição de Cristo, nova produção de Mel Gibson que promete ter a mesma repercussão global do filme anterior, lançado em 2004. Essa agitação ocorreu porque grande parte do sucesso do longa-metragem, que comoveu as plateias há 21 anos, é atribuída à interpretação de Caviezel — considerada por muitos a mais marcante já feita sobre o personagem central do cristianismo.
Agora, o premiado diretor optou por um intérprete mais jovem. O escolhido foi o finlandês Jaakko Ohtonen, de 36 anos. Segundo Gibson, a idade de Caviezel, hoje com 57, foi decisiva para a substituição. Rejuvenescer digitalmente o ator para aproximá-lo da aparência tradicionalmente atribuída a Jesus aos 33 anos, quando foi crucificado, encareceria a produção. Além disso, a agenda de Caviezel dificultaria sua participação nas duas partes do projeto, cuja pré-produção já começou na Cinecittà, em Roma. As filmagens terão locações também em Matera, Ginosa, Gravina Laterza e Altamura, na Itália.
A troca surpreendeu ainda mais porque, até recentemente, Gibson e o roteirista Randall Wallace — o mesmo que o dirigiu em Coração valente, de 1995 — confirmavam Caviezel no elenco principal. Ohtonen, por sua vez, tem uma carreira discreta. Atuou em O soldado desconhecido, em 2017, sobre a guerra entre Finlândia e União Soviética, e, mais recentemente, nas sériesVikings: Valhalla e The Last Kingdom. Os traços nórdicos do artista — pele clara e olhos azuis — também geraram críticas à sua escolha para o papel.
Nada disso, porém, diminui a expectativa de Mel Gibson e dos produtores em relação ao novo longa. A previsão é que A ressurreição de Cristo tenha o mesmo impacto comercial de A paixão de Cristo, cujo orçamento foi de 30 milhões de dólares e a arrecadação ultrapassou os 600 milhões (cerca de 3,3 bilhões de reais ao câmbio atual). Desta vez, a narrativa abordará os episódios bíblicos posteriores à crucificação, como a descida de Jesus ao Inferno, Sua ressurreição e Seus últimos encontros com os discípulos.
Em entrevista ao podcast Joe Rogan Experience, dos Estados Unidos, Mel Gibson, afirmou que o filme “mergulha em territórios espirituais profundos”. Segundo Gibson, as duas partes de A Ressurreição de Cristo, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2027, inclusive no Brasil, também explorará os bastidores do poder político na Roma do primeiro século e os impactos do anúncio de que Jesus voltaria dos mortos. “Quem se levanta três dias depois de ser assassinado em público? Buda não fez isso”, compara Gibson, apostando na força do personagem.





