
AGRADE: qualidade acadêmica desperta a busca pela sala de aula
30/12/2025Por Marcelly Cavalcanti, do Ongrace

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O fim do ano transforma a rotina do país. De dezembro aos primeiros dias de janeiro, milhões de brasileiros deixam suas cidades para viajar a lazer, visitar familiares ou simplesmente mudar de cenário antes da virada do calendário. O período, tradicionalmente marcado por celebrações, também se consolida como um dos mais intensos para os setores de turismo e transporte, exigindo atenção redobrada de autoridades, empresas e dos próprios viajantes.
O Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro — uma das cidades mais procuradas nesta época do ano —, deve receber em torno de 780 mil passageiros até o dia 2 de janeiro, segundo a empresa RIOgaleão, responsável pela administração do terminal. Desse total, 520 mil são referentes a voos domésticos, e 260 mil, a voos internacionais.
A movimentação costuma registrar picos significativos neste período, impulsionada pelas férias escolares e pelos recessos corporativos. O cenário é de malas prontas, veículos carregados e uma expectativa coletiva de descanso e renovação. No entanto, junto ao entusiasmo, surgem desafios que tornam o planejamento um fator decisivo para uma viagem tranquila.
Especialistas alertam que a organização prévia pode reduzir riscos e evitar transtornos comuns dessa época do ano. Agente de viagem há mais de 15 anos, Gabriela Mirada chama atenção para detalhes importantes no momento do planejamento. A recomendação começa pelo básico: “É preciso conferir os documentos pessoais de todos, verificar se as passagens estão corretas, se a reserva de hospedagem está confirmada e, no caso de viagem de carro, checar as condições do veículo. São cuidados essenciais diante de longos deslocamentos e do aumento do tráfego nas rodovias”, reforça.
Apesar das precauções, o fim de ano continua sendo um período repleto de novas expectativas para os próximos doze meses. Mais do que o deslocamento físico, as viagens representam uma pausa emocional após um período de trabalho intenso, compromissos acumulados e desafios enfrentados. Para muitos, retornar à cidade natal ou reunir a família é uma forma de reconexão; para outros, buscar novos destinos é uma alternativa para criar novas memórias.
Viajantes como Rafael Guilherme, cristão e profissional de Tecnologia da Informação, enxergam esse período como uma oportunidade de estar reunido. “Vejo o réveillon como uma chance de iniciar o ano ao lado de pessoas que quero por perto. Além disso, é uma data favorável para estarmos todos juntos. É a melhor forma de encerrar e celebrar tudo o que vivi com a família e os amigos, além de refletir sobre o futuro e agradecer o que passamos”, afirma.

O setor de turismo observa, ainda, mudanças no perfil de quem viaja. Há uma busca crescente por experiências mais conscientes, com valorização do bem-estar, do contato com a cultura local e de destinos que ofereçam tranquilidade. Ao mesmo tempo, cresce a preocupação com sustentabilidade e responsabilidade social, temas que passam a integrar o planejamento das viagens.
Para Gabriela, o perfil de busca vem mudando gradativamente nos últimos anos, especialmente após o período de lockdown: “Tem crescido bastante a procura por locais mais tranquilos, longe das áreas mais festivas, em comparação aos últimos anos. Cerca de 40% das pessoas estão optando por se reunir em família em espaços individuais, como casas, e não tanto em hotéis ou pousadas, como ocorria anteriormente. Esses espaços, inclusive, acabam sendo mais procurados por estrangeiros”, explica.
No balanço final, o período de fim de ano se consolida como um retrato do país em movimento: pessoas que seguem caminhos diferentes, mas compartilham expectativas semelhantes. Entre cuidados necessários e sonhos projetados, viajar nesse momento é, acima de tudo, um exercício de planejamento e esperança — uma travessia simbólica entre o que ficou para trás e o que ainda está por vir.





