
Portugal aumenta restrições a imigrantes
13/10/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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O número das bebidas de fabricação clandestina contaminadas com metanol impacta o país e segue fazendo vítimas. Já são cinco mortes confirmadas pela ingestão da substância. Dos 24 casos confirmados de intoxicação até o momento, algumas pessoas ainda correm perigo de vida, enquanto outras já apresentam sequelas graves decorrentes do metabolismo do metanol no organismo.
Segundo o Ministério da Saúde, que montou um grupo de emergência para lidar com a crise, cerca de 200 relatos de ocorrências seguem em investigação. O Estado de São Paulo (SP) concentra a maior parte dos casos e foi onde viviam as cinco vítimas fatais. Por sua vez, a ação integrada por policiais, agentes sanitários e profissionais de saúde tem interditado bares e restaurantes suspeitos de oferecer bebidas adulteradas.
Cerca de 20 mil garrafas foram apreendidas, além de materiais usados em destilarias clandestinas, e 21 prisões já foram efetuadas, incluindo a de um homem acusado de fornecer insumos e equipamentos para falsificação de bebidas em São Paulo. O metanol, semelhante ao etanol — o álcool normalmente presente nas bebidas —, tem efeito altamente tóxico. Uma vez ingerido, é sintetizado pelo fígado e transformado em ácido fórmico, substância que causa acidose metabólica e danos graves ao sistema nervoso central e a órgãos vitais, como pulmões e rins.
Em alguns casos, o choque pode acarretar cegueira, acidente vascular cerebral e falência dos rins, dependendo da quantidade consumida e da rapidez do socorro oferecido. O tratamento pode incluir hemodiálises de emergência, para eliminar a substância da corrente sanguínea — ou ministração de antídotos específicos, como o etanol farmacêutico e o fomepizol, que inibem o metabolismo do metanol e estimulam o organismo a eliminá-lo, antes que provoque efeito nocivo.
O perigo atinge, principalmente, os jovens, mais propensos ao consumo de bebida em grande quantidade. Mas quem conseguiu se abster do álcool não se arrepende de tal decisão; afinal, para além do perigo representado por produtos de origem duvidosa, o hábito de beber traz riscos à saúde, ao equilíbrio emocional e aos relacionamentos. Foi justamente o fim de um namoro e a perda do irmão que levaram o estudante Daniel Bacilieri, de Belo Horizonte (MG) a começar a beber. “Eu tinha apenas 16 anos. Meu pior momento foi quando bebi duas garrafas de vodka com energético em um baile funk. Tive um apagão,” lembra-se.
A virada na vida de Daniel veio pela fé. “Minha mãe me levava aos cultos da Igreja da Graça. Eu ainda estava naquela fase da bebida.” Um dia, durante a pregação, o pastor falou sobre a importância do batismo nas águas como sinal de compromisso com Cristo. “Eu sabia que estava em pecado, que continuava na bebida. Contudo, comecei a sentir algo diferente, nos cultos — mais amor, mais fé,” destaca.

Após o batismo, Daniel mudou de atitude. “Parei de imediato com a bebida alcoólica, porque comecei a ter mais conhecimento da Palavra de Deus”, ressalta. Atualmente, o rapaz está envolvido com a obra do Senhor e auxilia na área de mídias, além de testemunhar sobre sua mudança levando conscientização. “Nos cultos, fico na mesa de som, na passagem de slides da televisão e sou chamado para levar uma reflexão ou pregar”, descreve. Hoje, aos 18 anos, ele está prestes a completar o Ensino Médio e faz planos para, quem sabe, ser um professor.